COOPAVEL ALIMENTOS

20 de agosto de 2009

TRAGÉDIA NO GRAMADO

Clique na palavra grifada e acesse reportagem da Patrícia Sonsin na CGN que mostra a tragédia desta quinta-feira à tarde no Jardim Gramado. A saga de um herói, hoje quase anônimo (Josimar) e o drama de uma garotinha de 3 anos, retirada em chamas de um miserável barraco. Saga que ninguém gostaria de contar ou assistir. Mas é a dura realidade de uma Cascavel ‘desgovernada’ e joga a própria sorte. Leiam o relato: “Eu estava dentro da minha casa, sai para ver o que era aquela fumaça cheguei na porta vi que ela estava gritando, não dava para entrar pela porta, arrebentei a parede tirei ela pelo braço e ela já estava cheia de fogo, daí apagamos o fogo dela. Ela ficou bastante queimada. É meu olho não estou conseguindo abrir”, diz Josimar.

ABRAM O OLHO
Assistindo a este drama da vida real. Que não se passa em nenhuma favela deste imenso Brasilzão, mas aqui, no nariz de todos. E eu que imaginava que Cascavel estava livre de favelas! Um drama em paredes de Compensado, papelão, lona preta e chão batido. Ai me surge um questionamento bastante oportuno. Esta semana discutia-se a utilidade da Cohavel. A extinção da companhia que tantas moradias para carentes já construiu. O prefeito Edgar Bueno quer extinguir a Companhia Habitacional de Cascavel porque esta não dá lucro monetário. Porque esta andou vendendo terrenos baratos para pobres. E não é para isto que ela existe? O lucro que deve aferir não é o social? Não deveria dar casa para quem não tem. Tirar da miséria os menos favorecidos? Se tivesse feito este papel, dando moradia, emprego e vida digna, quem sabe a tragédia em chamas não tivesse acontecido.
LAMENTÁVEL
Não é concebível assistir a imagens tão chocantes sem lamentar o erro de cálculo e de tato do Governo Edgar Bueno. Hoje já se passam mais de 230 dias (oito meses) e não é possível lembrar uma única obra ou beneficio palpável para a população. E imaginar que uma casa popular possa ser construída por R$ 5 mil ou um pouco mais. Com isto que é menos que a metade que ganha um secretario municipal ou 1/3 do salário mensal do prefeito (R$ 15,2 mil) seria possível construir um barraco de alvenaria, com banheiro e digno. Assim, o incêndio fatal, dificilmente teria a proporção e a desgraça que teve este que o herói Josimar precisou aparecer.


COFRES CHEIOS
Ao invés de casas, obras públicas, melhoria da qualidade de vida o que se vê é o cofre da prefeitura abarrotado com mais de R$ 20 milhões em estoque e do outro lado malocas de papelão e crianças pegando fogo pela falta de sensibilidade de nossos governantes. O prefeito poderia começar cumprindo suas inúmeras promessas de campanha, pelo item cinco do afamado plano 12. Aquele que promete programas para erradicação da miséria. Poderia dar moradia digna ao invés de jogar pessoas de pouca sorte na fogueira da miopia administrativa. Porque até agora, eu não consegui enxergar uma única ação da qual os 50 mil eleitores que resolveram eleger o prefeito, pudessem se orgulhar.

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