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29 de março de 2011

CAINDO NO RADAR?


Os vereadores encerram o mês de março com uma pauta recheada de projetos para debater que inclui inclusive um veto do prefeito Edgar Bueno ao projeto do vereador Julio Cesar Leme da Silva (PMDB) de Apoio e Promoção ao Esporte (Pró-Esporte). Porém o destaque mesmo para a sessão de hoje (29), deverá ser o projeto 002/2011, de autoria dos vereadores Robertinho Magalhães e Nelson Padovani que discute a obrigatoriedade de sinalização vertical e horizontal para os "Pardais" recém instalados na cidade. Mas a proposta deve mesmo é reascender o debate sobre os contratos firmados com “pardais”, flagrados recentemente pelo programa Fantástico em rede nacional, como vetores de corrupção e cuja eficiência e imparcialidade foi posta a prova.

NO RADAR I  
O prefeito Edgar Bueno até aqui passou incólume neste festival de denúncias e escândalos que envolvem a contratação de pardais. Curitiba (PR), Santana do Livramento (RS), Rio do Sul (SC), Aracaju (SE) e Sorocaba (SP), diante das denúncias de suspeita de direcionamento de editais e combinação de comissões, além da possibilidade de retirada de multas do sistema, resolveu cancelar contratos. Aqui em Cascavel o que circula é certa suspeita de superfaturamento no contrato, fechado por R$ 6,4 milhões para o aluguel por 36 meses de 25 conjuntos de radares. Em Toledo, corre licitação onde o preço máximo fixado para compra ficou em R$ 79 mil. Salvo estes equipamentos sejam muito inferiores aos de Cascavel, daria para comprar ao invés de alugar os mesmos 25 radares por R$ 1.975.000,00, ou seja, uma economia da ordem de R$ 4.425.000,00 milhões.

NO RADAR II
O prefeito Edgar Bueno (PDT) decididamente não mudou. Como é de seu feitio, salvo melhor juízo, mandou plantar mais esta de que teria sido pego pelos caríssimos pardais e perdido a carteira de habilitação. Pode até ser verdade, embora ninguém tenha visto as multas. Coincidência ou não, estas multas caem como uma luva e lhe favorecem. Após o Fantástico ter colocado em descrédito este tipo de equipamento, ao flagrar confissões de que é possível escolher a quem multar, seria de bom tamanho que o prefeito fosse multado para tornar o monte de multas já emitidos criveis. 

MIGUÉ
A nota parece mais um “migué”, como foi aquele da campanha de 2004, quando pintaram apenas a janela da casa, ou aquela armação de mandar o médico embora, ou a dos apitos no Julieta Bueno. Perder a carteira para quem nunca é visto dirigindo sozinho me parece típico de quem quer passar a população recado de que não se tira multa de ninguém. Mas se for verdade que o prefeito andou avançando o sinal, parou em cima da faixa de pedestre e pilota a  mais de 60 km/hora nas ruas de Cascavel; não seria o caso de perder o mandato, além da carteira, por imprudência e mau exemplo?

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