COOPAVEL ALIMENTOS

11 de fevereiro de 2011

CASO IRANI – POLICIA APRESENTA AUTORES – FALTA ESCLARECER MOTIVAÇÃO

Com a prisão de três mulheres e dois homens o crime que abalou o Oeste do Paraná e mobilizou autoridades e revelo ter sido executado com requintes de crueldade e barbárie, está praticamente elucidado. O resultado para o assassinato do empresário e suplente de deputado federal, Irani Pereira (44), irmão do deputado estadual Reni Pereira (PSB), foi apresentado em tempo recorde durante entrevista coletiva na quinta-feira (10) à tarde na sede do Denarc de Cascavel.
BRUTALIDADE
Segundo o delegado da Polícia Civil de Cascavel, Eduardo Ferraz, Irani foi atraído até a casa de Eliani Aparecida Vicentini (41), com quem ele teria um relacionamento amoroso. Para atrair Irani, Eliani usou Fabiana Porfírio da Silva (19). Quando chegou a casa de Eliani, um assalto foi simulado, Irani foi amarrado e amordaçado. Depois levado por José Cândido Oliveira chamado de Willian, o qual também mantinha relação com Eliani, e José Julio Filho até a localidade de Penha no município de Corbélia onde foi morto com requintes de brutalidade.
Segundo a polícia, Eliani planejou roubar a caminhonete Toyota Hilux de Irani Pereira. Para executar o plano, a acusada convidou Fabiana Porfírio da Silva, 19, para, juntas, atraírem o empresário até a casa dela. No local, seria simulado o assalto ao empresário.
Além da jovem, Eliani teria contratado José Cândido de Oliveira, 26, – vulgo “Willian” – e José Júlio Filho – o “Zezinho” – para concretizar o roubo. Os dois homens dominaram Irani quando ele chegou em casa, no centro de Nova Aurora, na noite de segunda-feira (7).

O CRIME  
Sem poder reagir, o empresário foi obrigado a entrar na caminhonete dele e levado até uma plantação de soja em Corbélia, na região de Cascavel. A vítima acabou esfaqueada no peito, estrangulada, amordaçada, além de ter as mãos e os pés amarrados. Irani morreu enquanto os acusados fugiram com a Hilux rumo ao Paraguai. Os criminosos atravessaram a fronteira por meio da Ponte Ayrton Senna, em Guaíra, e venderam o veículo por cerca de R$ 9 mil a receptadores daquele país.


AS PISTAS
O assassinato de Irani só foi confirmado quando um agricultor encontrou o cadáver na lavoura de soja, no início da terça-feira. O corpo deu entrada sem identificação no Instituto Médico Legal (IML) de Cascavel, porque os documentos da vítima havia sido roubados junto com o automóvel dela.
Uma força-tarefa – formada pelas polícias Civil e Militar, o COPE (Centro de Operações Policiais Especiais), Denarc e Nurce (Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos) – investigou o crime, esclarecido em tempo recorde. Agentes começaram a esclarecer o caso, quando descobriram que um cheque da vítima – no valor de R$ 11,6 mil – tinha sido depositado na conta bancária de Adriana Fernandes de Araújo, 39, dona do salão de beleza onde trabalha a jovem Fabiana.
Ainda conforme a polícia, Adriana e Eliani testemunharam o empresário ser amarrado pelos assaltantes. Juntas, as duas mulheres retiraram o cheque da carteira de Irani. A exemplo do valor do cheque, a polícia recuperou o dinheiro da venda da caminhonete.
Uma denúncia repassada à polícia dava conta que uma das mulheres teve um relacionamento afetivo com a vítima, no passado. As três acusadas foram presas em Nova Aurora, na tarde de quarta-feira, e os homens em Iguatemi, Mato Grosso do Sul, à noite.

LATROCÍNIO?
Para o delegado de Formosa D'oeste Ernani Cezar Alves, até o momento a única motivação do crime é o latrocínio. Outras linhas de investigação estão sendo analisadas, porém as autoridades não acreditam em vingança ou crime político. Nos bastidores das investigações, embora a policia não toque no assunto, investiga-se outra motivação que seria a de crime passional. Há indícios de que além de ser degolado e ter uma faca cravada no peito, o empresário ainda teria tido o órgão genital decepado. Informação oficiosa, mas que se confirmada pode dar outro rumo as investigações.
Os cinco acusados permanecem em Cascavel, todos foram levados para a carceragem da 15ª SDP. Os advogados não permitiram que a polícia apresentasse os presos a imprensa.

A vítima
Irani Pereira era casado e tinha um filho de 15 anos. O empresário concorreu duas vezes à prefeitura de Santa Terezinha de Itaipu. Em outubro do ano passado, disputou o cargo de deputado estadual por Foz do Iguaçu. Ele não se elegeu, mas recebeu quase 20 mil votos.
O empresário era vice-presidente estadual do PSB (Partido Socialista Brasileiro).

FONTES – CGN – RÁDIO CULTURA FOZ DO IGUAÇU – JORNAL GAZETA DO IGUAÇU - FOTOS LUIZ CARLOS CHESINI.









TRAGÉDIA EM DOSE DUPLA – Acusado de matar primo do deputado Reni Pereira está preso

Foi preso na quinta-feira (10), Valmir José Martins (41). Ele confessou ter matado de madrugada o caminhoneiro Ronaldo Miguel de Souza Pereira (primo do deputado estadual Reni Pereira/PSDB) após um acidente de trânsito. Ronaldo transitava por uma rodovia em Vera Cruz do Oeste, quando, pouco antes das 5 horas da manhã, aconteceu a colisão traseira com o carro que era conduzido por Valmir. Após uma discussão, Valmir teria matado Ronaldo com 13 facadas. O acusado foi preso em um bar, no interior de Vera Cruz do Oeste, ele disse não se recordar do crime. Apesar de ter sido executado a facadas, como ocorreu com seu primo Irani Pereira em Corbélia, a Policia descarta ligação entre os dois crimes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário