COOPAVEL ALIMENTOS

15 de dezembro de 2009

SEM CRÉDITO


O prefeito Edgar Bueno sofreu esta tarde a sua maior derrota política (desde a derrota eleitoral quando tentou a reeleição para prefeito em 2004). Pela primeira vez em cinco anos de mandato (quatro entre 2001 e 2004), não vai ter a disposição o chamado “cheque em branco”, tradicionalmente concedido ao atual prefeito para que faça o que bem quiser e entender do Orçamento Anual do Município. Por 13 votos a dois, perdeu os 20% de remanejamento livre que teve a disposição em 2009 e que pretendia ter para o exercício de 2010.

- Desta forma, cada centavo dos R$ 471.267.202,00 estimados como receita geral do município, irão precisar de aval dos vereadores, caso o prefeito decida aplicar em outra destinação que não aquela prevista e aprovada hoje para o Orçamento 2010.


COM CRÉDITO

Desta forma, os vereadores de Cascavel finalmente recuperam o crédito perdido junto à sociedade. Este ano, os legisladores amargaram criticas e admoestações dos eleitores e da sociedade em geral, como subservientes e ineficientes. A culpa principal foi à relação incestuosa e às vezes até perniciosa para a sociedade com o Poder Executivo. A resposta veio com a decisão de conceder ‘crédito zero’ ao atual prefeito Edgar Bueno. Agora os vereadores finalmente parece que vão dar as cartas e mostrar quem manda e quem desmanda. Apesar dos inúmeros deslizes, os vereadores fecham o ano com o crédito e a esperança de que 2.010 será diferente e finalmente os três Poderes em Cascavel passarão a ser independentes.


DERROTA

Os efeitos desta derrota para o prefeito Edgar Bueno só será dimensionando no ano que vêm. Até hoje, Edgar nunca administrou sem ter “20% de cheque em branco”. Prática ética e moralmente nociva a democracia e a transparência do Executivo, amplamente criticada pelo próprio prefeito antes de ser prefeito em 2001, mas que chegando lá, adotou como instrumento indispensável para conseguir administrar com mão de ferro as finanças públicas e sem a interferência do legislativo. Agora, o prefeito vai ter que “mudar” mesmo e administrar dialogando com os vereadores ou senão...


SITUAÇÃO!

E vejam a situação em que ficou a base de sustentação do prefeito. Esvaziada na votação de ontem para o Orçamento e cortando a zero o crédito do prefeito, restou apenas os vereadores Marcos Damaceno e Paulo Bebber e avalizaram incondicionalmente o prefeito. Os demais 13 vereadores, foram unisonos em cortar o crédito e devolver ao legislativo a sua prerrogativa de legislar sobre Orçamento Público e decidir se é bom ou não cada uma das mudanças que se queira fazer na aplicação das verbas públicas.

Um comentário:

  1. Num ano eleitoral, não deixa de ser uma derrota para o Edegar. Assim, se a câmara não permitir, muita verba populista ou eleitoreira não saírá. Achei uma boa decisão para um ano eleitoral. Foram precavidos. Também reassumiram aquilo que já era sua obrigação, ou seja, decidir sobre remanejamentos. Vai dar mais trabalho, mas a probabilidade do acerto será maior.

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