O encontro do PDT, ontem em Cascavel, lamentavelmente foi um festival de gafes. Deram nó até na tradição política. E não foram só faixas saudando os que já foram como se ainda fossem. Tão pouco aquela faixa quilométrica que parece colocar no singular o que deveria ser no plural. O pior erro, certamente, foi trocar o lenço maragato da tradição pedetista, que tanta vezes o Brizola envergou para mostrar de que lado estava, pelo lenço branco dos Chimangos. A gafe desta sexta-feira mostra bem a salada ideológica que tornou-se a política brasileira. Ninguém sabe mais de que lado esta. Não sabem mais com quem estão e porque estão ou não no mesmo agrupamento. Santa heresia! Distribuir lenço legalista em festa de maragato? É o fim dos tempos. Brizola deve estar a esta altura revirando-se no caixão. A não ser que o PDT tenha se rendido e mudado de lado, o que pareceu foi que o PDT de Cascavel perdeu completamente sua identidade e ideológicamente não tem mais sentido de existir. O que restou foi apenas a sigla PDT, que já não quer dizer mais nada.
Vai um baguetinho ai...REUNIÃO
O encontro de ontem, do ponto de vista ideológico já era uma salada geral. Servia-se sanduíches de baguetes, Hellmann’s, alface, tomate e calabresa espetada com um providencial palitos para a higiene dental. Na mesa pior mistura ainda. Velhos peemedebistas de guerra (Mário Pereira, Tolentino e Cia.) ao lado de Democratas como Abelardo Luppion, Ricardo Barros do PP (sem a presença de Salazar é claro) e outros tantos de correntes tão distintas quanto as mencionadas. A organização distribuiu lenços brancos! Certamente vão defender-se dizendo que o lenço branco era para simbolizar a paz entre as diversas correntes políticas. Mas se era para simbolizar a ‘paz política’, que fizeem uso de pombinhas brancas. O que demonstrou-se com o ato foi a mais completa falta de conhecimento da cultura política nacional.
O encontro de ontem, do ponto de vista ideológico já era uma salada geral. Servia-se sanduíches de baguetes, Hellmann’s, alface, tomate e calabresa espetada com um providencial palitos para a higiene dental. Na mesa pior mistura ainda. Velhos peemedebistas de guerra (Mário Pereira, Tolentino e Cia.) ao lado de Democratas como Abelardo Luppion, Ricardo Barros do PP (sem a presença de Salazar é claro) e outros tantos de correntes tão distintas quanto as mencionadas. A organização distribuiu lenços brancos! Certamente vão defender-se dizendo que o lenço branco era para simbolizar a paz entre as diversas correntes políticas. Mas se era para simbolizar a ‘paz política’, que fizeem uso de pombinhas brancas. O que demonstrou-se com o ato foi a mais completa falta de conhecimento da cultura política nacional.
Diferentes laços falam de política e amorPela cor do lenço se identificava a corrente política do gaúcho: se vermelho, maragato; se branco, chimango ou pica-pau. Isso começou em 1893, início da fase republicana, durante a Revolução Federalista, e ainda tem resquícios no PDT, partido de Leonel Brizola, que até hoje adota o lenço vermelho. Os maragatos resistiam ao excessivo controle exercido pelo poder central e queriam garantir o sistema federativo, em que os Estados tivessem maior autonomia. (Em instantes vamos postar nota explicando direitinho como dar nós).
FOTOS - JOÃO GUILHERME
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