Não foi em Cascavel, mas adverte!
No que já foi o "País da Piada Pronta" cantado em verso e prosa pelo Macaco Simão, agora virou País da Cueca Pronta".
O diretório do PSB em Belo Horizonte (MG) abriu sindicância que pode resultar na expulsão do vereador Gêra Ornelas do partido. O procedimento foi aberto após a divulgação de vídeo feito pelo próprio parlamentar no qual ele aparece despachando de cuecas em um local que seria seu gabinete na Câmara Municipal da capital mineira.
Para seu advogado, Antônio Patente, o parlamentar alegou que as imagens - nas quais aparece de cueca samba-canção e acariciando os cabelos de uma mulher que aparenta ter boletos de cobrança nas mãos - não foram feitas em seu gabinete, mas sim em um escritório de campanha.
O vereador é alvo de um processo por improbidade administrativa movido contra ele pelo Ministério Público Estadual (MPE). A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas encaminhou ofício ao MPE e à Polícia Civil para abertura de nova investigação. Os deputados tiveram acesso a um vídeo no qual Ornelas faz sexo com diferentes mulheres, inclusive uma que, segundo o presidente da comissão, deputado estadual Durval Ângelo (PT), aparenta ser menor.
O CONTRA-SENSO
O Brasil é mesmo o País da Cueca Virada. Quitute muito apreciado no café da manhã, mas na política a inversão de cueca é moral. Enquanto se condena alguém aparecer de cueca ou tirando a cueca para fazer sexo (coisa que todo mundo faz entre quatro paredes), não parece ter o mesmo efeito alguém aparecer com cueca cheia de dólares. Vejam só, o relator da medida provisória que institui a ladroagem sem camburão na gastança com a Copa do Mundo e a Olimpíada, aprovada pela Câmara por 272 votos contra 76, é mais que um verso que rima com a noite dos charlatães. José Nobre Guimarães, deputado federal do PT do Ceará, é também irmão de José Genoíno. O parentesco talvez fosse o item mais vistoso do prontuário se não tivesse existido o caso dos dólares na cueca.
Em julho de 2005, no clímax do escândalo do mensalão, a Polícia Federal prendeu no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o cearense José Adalberto Vieira da Silva, que tentava embarcar para Fortaleza com R$ 200 mil em uma valise e US$ 100 mil na cueca. Vieira da Silva contou que era assessor parlamentar do então deputado estadual José Nobre Guimarães e garantiu que juntara a fortuna com a venda de verduras no Ceagesp, maior centro de distribuição de alimentos da América Latina.
Interrogado na cadeia, desmentiu a farsa do verdureiro rico e manteve os vínculos com o destinatário da bolada. Pasmem senhores, o deputado escapou da prisão, livrou-se do assessor trapalhão de cuecas, elegeu-se deputado federal e renovou o mandato em outubro. Quanta barbaridade.
Adalberto |
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