O delegado da Polícia Federal em Paranaguá, Jorge Luiz Fayad Nazário, em entrevista coletiva concedida esta semana (quarta-feira-19), sobre a Operação Dallas, desencadeada no Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro, para desmontar uma quadrilha de desvio de cargas, deu indícios de que os problemas são mais graves do que parecem. Não foi apenas nos desvios de grãos que a PF se baseou para prender oito pessoas, entre elas o ex-superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Daniel Lúcio de Oliveira Souza. Também foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, e o apartamento do ex-superintendente do Porto, Eduardo Requião, irmão do ex-governador Roberto Requião (PMDB), e de um ex-secretário e atual suplente do peemedebista no Senado, que estariam envolvidos, junto com Souza, na compra de uma draga, superfaturada. A Polícia, por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e interceptação de e-mails, descobriu, por exemplo, que a compra da draga, por US$ 45,6 milhões, favoreceria o desvio de cerca de US$ 5 milhões, que seriam usados em campanhas eleitorais no Paraná.
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