Está pior que vestibular de medicina. Os 52 cargos que estão sendo abertos na Câmara de Vereadores devem atingir mais de 16,9 mil inscrições. Média de 325 candidatos por vaga. Tudo bem que todo mundo quer uma boquinha destas: “Ganhar muito, trabalhar pouco, que nem vereador”. Mas 325 por vaga é muita gente querendo uma tetinha. Desta forma a Câmara vai acabar se chamando de “Mâmara”. Vejam só o lucro, as inscrições variam de R$ 20,00 para cargos de ensino fundamental á R$ 60,00 para cargos com ensino superior. Se fizer uma média bem ponderada, podemos afirmar que este concursinho de fim de mandato vai rendar nada mais nada menos que entre R$ 300 mil e R$ 600 mil. Isto sim é que é mamata.
Cá entre nós
Concurso público em fim de legislatura é para
desconfiar. A desculpa é de que o concurso atende a exigência do Ministério Público.
Mas não precisava ser agora e ainda incluir alguns cargos de pouca ou nenhuma
utilidade. Por exemplo, três motoristas novos. A Câmara possui apenas quatro
carros e já tinha três motoristas. Deste jeito carro da Câmara vai ser como
rally. Vai precisar de piloto e navegador. O que dizer então dos chamados
assessores especiais para comissões permanentes. A Câmara tem 10 comissões e vão
contratar agora um médico, um engenheiro, psicólogo para a fazer o quê? E pior
ainda, 24 secretarias para os 21 gabinetes de vereadores. A maioria dos novos
já mandou avisar; não quer!!!
REFORMA
Como
se não bastasse os escândalos, os altos salários (tem servidor que ganha mais
de R$ 12 mil na Câmara), os funcionários-fantasmas exorcizados a fórceps pelo
Ministério Público e outros desmandos, o Legislativo vai gastar R$ 147.352,00 com
reformas de um prédio novo, inaugurado em 2006 e que tinha cinco anos de
garantia. Parece que deixaram passar o prazo, para não acionar as construtoras
envolvidas na obras, Guilherme e Brook e agora vão tentar resolver problemas
estruturais, como rachaduras e infiltrações com o dinheiro do povo.
Além disto, vão gastar
mais R$ 66.181,00 para compra de 27 computadores completos, 17 deles com
impressoras, dois notbooks e um scanner. Recorde-se que em gestões passadas, quem deu
computadores para a Câmara foi a Caixa Econômica Federal para ter exclusividade
sobre as contas bancarias dos servidores do Legislativo. Desta vez a mesa
diretora, administrada interinamente pelo vereador Robertinho Magalhães, não
quis negociar e preferiu gastar as sobras do orçamento. Uma vergonha.
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