Câmara registra redução de gastos média de 20%
Mudança interna faz gastos gerais encolherem neste inicio de ano
Depois de tantas crises, denúncias e suspeitas de irregularidades, enfim uma noticia boa oriunda da Câmara de Vereadores: Os gastos encolheram em média 20% após as reformas internas, que entre outras economias resultou no corte de dois assessores por vereador.
Esta semana a Mesa Diretiva da Casa publicou o balancete financeiro referente ao mês de fevereiro de 2012 e os gastos comparados a igual mês de 2011 representam uma queda de 16,90%.
O mesmo já havia ocorrido em Janeiro, quando os gastos registraram queda de 25,58 este ano em relação a janeiro de 2011.
JANEIRO
Enquanto em Janeiro de 2011 o balancete registra R$ 651.557,45, em Janeiro de 2012 a soma ficou em 687.794,71. Aparentemente houve crescimento nos gastos, mas a diferença não é aparente em razão da contabilização das sobras de R$ 172.492,71 do exercício de 2011 (fruto de economias) e mais juros de aplicações financeiras de 2011 sobre as sobras, que resultaram em R$ 30.384,50. Os dois valores foram contabilizados como despesas, mas na verdade acabaram devolvidos aos cofres da prefeitura totalizando R$ 202 mil. Desta forma a despesa real em janeiro foi de apenas R$ 484.918,07, a mais baixa em anos.
FEVEREIRO
Já o comparativo entre os meses de fevereiro de 2011 e de 2012 apresentam redução um pouco menor, mas ainda consistente. Enquanto em fevereiro de 2011 gastou-se com a Câmara R$ 718.888,96, em fevereiro último o gasto contabilizado caiu para R$ 673.012,47, o que representa queda de apenas 6,38%. No entanto o resultado é melhor se descontada a contribuição previdenciária (INSS) relativa a dezembro de 2011, que só entrou no balancete em fevereiro devido o recesso, descontando R$ 75.592,67. Desta forma o gasto real no mês cai para R$ 597.419,80, aumentando a economia pública para 16,90%.
Segundo avaliou o Diretor de Finanças da Câmara, José Onésimo Franco, a média de economia fruto do controle maior sobre despesas com material de consumo e redução no quadro funcional, deve estabilizar nos próximos meses na casa dos 18%. “É seguro prever que a economia mensal fique entre R$ 120 mil e R$ 130 mil”, disse.
ECONOMIA
Segundo o presidente da Câmara, vereador Marcos Damaceno, só agora está sendo possível visualizar contabilmente a economia resultante das mudanças introduzidas no legislativo. “Nos outros meses, por conta das demissões e indenizações, não foi possível visualizar a economia. No entanto cortamos dois cargos por vereador que somados a outros que já havíamos promovido em 2010 representa uma redução de 45 cargos na Câmara ou três por vereador. A economia gerada agora pelas mudanças vai nos permitir fazer alguns investimentos necessários, como a reforma do plenário e dos gabinetes dos vereadores e concertos no telhado que volta é meia é vitima de goteiras”, disse.
Ainda segundo Damaceno a Câmara de Cascavel poderia gastar até R$ 21 milhões relativos a 6% da receita líquida do município, mas tem se mantido na casa dos 2,7%, que equivale a R$ 10,5 milhões gastos em 2011. “Acho que este ano vamos gastar ainda menos. Certamente será possível para a próxima legislatura ampliar para 21 vereadores mantendo o nível de gastos em 3% do orçamento do município”, avaliou.
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